sábado, 23 de janeiro de 2016

Resenha: Corte de Espinhos e Rosas - Sarah J. Maas

Corte de Espinhos e Rosas


Título Original: A Court of Thorns and Roses
Editora: Verus
Número de páginas: 434
Nota: 5.0
Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.

Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação.

Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.


"Não se sinta mal nem um segundo por fazer o que a faz feliz."
- Tamlin, cap 19


Feyre e sua família viviam em péssimas condições, sua única fonte de sustento provindo das coisas que Feyre caçava na floresta e vendia na aldeia. Apesar disso, suas duas irmãs mais velhas a tratavam de um jeito nada educado e seu pai mal se importava com a família desde que a mãe das meninas e sua esposa morrera. A vida não era das melhores para a família de Feyre.
Ou para os humanos no geral.
Em uma de suas caçadas na parte mais afastada da floresta, Feyre mata um lobo - um féerico.
E ela pagará por isso.

"E se houvesse, de fato, um coração feérico batendo sob aquele pelo, então, que morresse."
- Feyre, cap 1

Primeira resenha do ano yay e já precisei começar com esse que foi o abre alas do meu ano. E não poderia ter começado melhor.
Corte de Espinhos e Rosas era meu sonho de consumo desde que eu conheci a escrita da Sarah J. Maas com Trono de Vidro. Sou apaixonada por retellings, principalmente os de a Bela e a Fera, que é meu conto de fadas favorito. Sabe quando você espera o livro lançar como se sua vida dependesse disso, e quando finalmente lê é muito mais do que esperava? Foi isso que aconteceu.
Esse livro vai nos levar além da muralha para dentro das Cortes dos Grão Feéricos. Mas antes disso, é preciso contar quem são e porque os humanos os temem.
150 anos atrás, humanos e feéricos - seriam como o povo das fadas, com algumas diferenças - travaram uma batalha épica, onde os humanos perderam feio e acabaram ficando com o resto dos restos das terras e vivendo para sempre com medo do que os feéricos poderiam fazer contra eles.
Nossa protagonista, Feyre, mata não somente um feérico, mas um Grão Feérico, um dos Senhores. Vindo vingar a morte do amigo, Tamlin, um dos mais importantes Grão Feéricos, Senhor da Corte Primaveril, leva Feyre como troca pela morte do amigo.
Mas nada era o que ela esperava ou imagina.
Estar do outro lado da muralha era uma coisa única.


"Fiquei com você por esperança, não para observá-lo hesitar. Para alguém com o coração de pedra, o seu certamente anda molenga."
                                                                                                                                          - Feyre, cap 12

Sarah J. Maas se superou novamente ao criar um universo totalmente novo a partir de um conto tão antigo quanto o tempo EU PRECISAVA USAR ISSO OK. Com inúmeras semelhanças ao original de A Bela e Fera, Corte de Espinhos e Rosas traz um mundo em conflito, seja entre feéricos e humanos quanto entre os próprios povos feéricos. Apesar disso, não é só a questão da aparência que move a história - já que Tamlin é todo lindo chega passo mal. A rivalidade entre os povos e as lendas que os cercam, as questões não resolvidas e toda magia que existe entre isso é o que faz esse livro ser tão único, tão diferente de tudo que eu já li.

Os personagens mais uma vez foram construídos desse jeito que só a Sarah sabe fazer, cativantes e cheios de atitude, com traços de humor e muita vontade de lutar. Além de Tamlin e Feyre, o destaque fica por conta de Lucien - que demorou, mas ganhou meu coração de um jeito único! - e o controverso Rhysand, que muitos amam e muitos odeiam. Quanto aos plot twists, sim, no plural porque eles não param (!!!!), prepare seu fôlego, seu coração e tudo mais.

Minha experiência com esse livro foi fantástica, para não dizer inacreditável; cada vez que eu achava que tinha finalmente entendido um ponto, tudo virava de cabeça para baixo e puff, lá estava eu tentando desvendar de novo. Feyre começou o livro como uma personagem que dizia pouco, Tamlin também me pareceu bem suspeito, mas com o desenrolar de tudo eu só conseguia pensar em como esses dois personagens podiam assumir faces tão diferentes em determinadas situações. Não é a toa que eles são um dos melhores casais da vida *heart eyes emoji*

Esse foi o segundo livro que eu li em 2016 e já posso afirmar que entrou para meu top 10 da vida. Para quem ama ler fantasia, eis aqui uma história completa: magia, batalhas, personagens bem desenvolvidos, mundos novos, romance na medida, vilões para morrer de ódio e cenas descritas com tanta emoção que você mal tem tempo de respirar.

Se você já leu Corte de Espinhos e Rosas e ficou tão aflito/a quanto eu com o final do livro - e que final! - a boa notícia é que A Court of Mist and Fury, segundo livro da trilogia, tem lançamento previsto para maio nos EUA. Esperamos que com o sucesso do primeiro livro aqui, a nossa amada editora Record não demore a lançar o segundo.



 

Capas internacionais dos dois primeiros livros da trilogia.
A Court of Mist and Fury será lançado em 3 de maio nos Estados Unidos.







Espero que vocês tenham gostado da resenha, que leiam esse livro maravilhoso e se apaixonem tanto quanto eu. Até a próxima!!

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