segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Resenha: Outlander (A Viajante do Tempo) vol.1 - Diana Gabaldon

Título original: Outlander
Editora: Sáida de Emergência (relançamento)
Páginas: 800
Gênero: Ficção, Fantasia, Romance Histórico
Nota: 5.0
Sinopse: Claire, a protagonista de A Viajante do Tempo é uma mulher de personalidade forte, lutando para se manter num mundo de homens violentos, que busca seu verdadeiro amor enquanto participa de importantes acontecimentos da história. Claire Beauchamp Randall foi separada de seu marido Frank Randall pouco depois da lua-de-mel, quando ele foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, Claire e Frank se reencontram e retomam a vida que tinham em comum numa viagem a Escócia. Mas o reencontro não ocorre de forma esperada. Parece haver entre a esposa e o marido um distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Ao visitar uma antiga e mística formação de rochas, Claire finalmente vai conhecer seu destino.



Tudo começa quando Claire, a nossa protagonista, uma jovem de 27 anos e o seu marido Frank Randall se reencontram depois de uma longa jornada de serviço na Segunda Guerra Mundial. Ela, como enfermeira. Ele, como soldado. Os dois parecem distantes depois de tanto tempo e Frank resolve viajar em uma nova lua-de-mel na intenção de aproximar-se da esposa, reconectando-os. Frank Randall, antes de servir às forças militares da Inglaterra, era um historiador fascinado. Por esse motivo, ele leva Claire até a Escócia e decide pesquisar um pouco sobre a vida dos seus antepassados. Quando ambos chegam ao local estão ocorrendo festividades celtas e Claire, sempre curiosa, decide ir escondida a um ritual nas montanhas de Highlands. Seu marido Frank a acompanha e eles observam uma dança peculiar de várias mulheres vestidas como bruxas em torno de uma cadeia de pedras chamada Craig Na Dun. Eles esperam escondidos até o amanhecer, quando as mulheres vão embora e Claire inspeciona as pedras um pouco fascinada pela crença fiel daquelas pessoas. Quando Frank se afasta em busca do carro para voltarem ao hotel, Claire ergue as duas mãos e, ao encostar em uma das pedras, tem um súbito desmaio.

É aí que a história começa. A nossa protagonista acorda sobressaltada, gritando pelo marido e descendo pelo campo quando ouve sons de tiros. Soldados vermelhos correm com perucas brancas e espingardas ultrapassadas nas mãos e Claire pensa que está na cena de um filme quando avista um soldado idêntico ao seu marido, mas que obviamente não é ele. É “Black Jack” Randall, um antepassado do seu marido Frank Randall, que ataca Claire e tenta violenta-la. Ela é salva por Murtagh, um homem bruto e de sotaque forte. Murtagh a leva para o seu clã de escoceses e Claire ainda pensa que está vivendo um pesadelo e irá acordar a qualquer momento. Mas isso não acontece: Claire finalmente realiza que o que quer que signifique aquelas pedras de Craig Na Dun, elas a transportaram para 1743, uma época de guerras entre Ingleses e Clãs Escoceses. A época pré-revolução Jacobina.

Claire é, então, considerada inimiga pelos escoceses, mas a nossa protagonista sempre forte e determinada decide se aliar a eles para poder sobreviver e quem sabe voltar a Craig Na Dun e ao seu marido Frank. Então Claire conhece Jamie, do clã Mackenzie. Um escocês na essência da palavra, seus cabelos ruivos e sua estatura musculosa deixam Claire um pouco tonta. Além disso, o excesso de doçura com a qual ele a trata não deixa de abalá-la. Ela conta sobre Frank para Jamie, mas decide esconder que é uma Outlander (Viajante do Tempo) e omite alguns fatos: para Jamie, seu marido está morto. Os constantes conflitos e situações históricas obrigam Sassenach (significa Estrangeiro para os escoceses e é um termo pejorativo, mas Jamie chama Claire carinhosamente assim) a dizer não ao seu futuro/passado e viver intensamente o seu passado/presente.

E então se inicia a árdua jornada de Claire para voltar às suas raízes, ao mesmo tempo em que se apaixona pelo tempo e pelas pessoas ao seu redor. Claire começa a se sentir parte escocesa e é forçada a tomar decisões que mudarão sua vida para sempre.

É uma história fantástica, emocionante, corajosa e apaixonante. Eu nunca, jamais, irei superar Jamie Fraser. Ele é o meu ideal romântico de época. E posso afirmar com grande propriedade que Claire é uma das minhas protagonistas favoritas. Ela é tão forte, tão madura, tão incrível que você se sente parte dela. A autora consegue transportar o leitor para outra época, e são tantos sentimentos doces e amargos que experimentamos... Uma miríade de emoções e uma trama muito bem amarrada que não deixa passar nenhuma informação

"Eu posso suportar a dor. Mas não poderia suportar você com dor. Isso exigiria mais força do que eu tenho." – Jamie Mackenzie Fraser

O momento que você se apaixona de vez pelo Jamie:
"Você é sangue do meu sangue, e carne da minha carne. Eu lhe dou o meu corpo e nós dois deveremos ser um. Eu lhe dou o meu espírito, até que a nossa vida acabe."

Eu recomendo Outlander para qualquer pessoa que não tenha medo de mergulhar no tempo e nas milhares de páginas. Ao todo a série possui sete livros publicados e a autora, Diana, ainda pretende escrever mais. São livros enormes, mas que valem a pena cada sílaba.

O livro (a série de livros) é tão aplaudido pelo público leitor que virou uma série de televisão britânica/americana, atualmente em sua primeira temporada, criada por Ronald D. Moore da Emissora Starz. Eu assisti e confesso: nunca vi uma série tão fiel ao livro. O ator que faz o Jamie é perfeito, a Claire também. Exatamente como imaginei ao ler.


O que você está esperando para voltar no tempo?


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