quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Jane Austen Day 2014

                               

“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro que possua grande fortuna deve estar à procura de uma esposa”.

Levante a mão aquele que lembra a primeira vez que leu essa frase e mal conseguiu parar de ler. Bom, você não está sozinho. Estamos falando de Orgulho e Preconceito, o clássico inglês que fez e ainda faz pessoas suspirarem por todo o planeta. Quantas vezes já ouvimos falar em Sr. Darcy e Elizabeth Bennet? Ou nas irmãs Dashwood, talvez na Abadia de Northanger? Isso tudo graças a ela, a nossa maravilhosa e criativa autora, que completaria 249 anos em 16 de dezembro de 2014. Estamos aqui hoje para desejar um 


HAPPY JANE AUSTEN DAY!


Jane Austen nasceu em Steventon, Hampshire, no Reino Unido em 16 de dezembro de 1775. Suas obras são conhecidas pelo toque irônico e por já colocarem a mulher a frente em uma época onde os direitos femininos não eram reconhecidos. Seus romances são considerados atemporais por tratarem de assuntos que sempre estão rondando a sociedade.


 "Não quero que as pessoas sejam muito gentis; pois tal poupa-me o trabalho de gostar muito delas."
 Meu feliz aniversário super especial para Mrs. Jane tem dois significados hoje: primeiro, a ideia do blog e o nome dele são inspirados pelas obras dela. Quando surgiram os planos para o L&B, eu visualizei Lizzie Bennet lendo na sala de jogos de Netherfield enquanto Caroline Bingley tagarelava sem parar e Darcy fazia o maior esforço para evitá-la. O outro significado foi uma coisa que praticamente mudou minha vida toda; ano passado, quando eu estava escolhendo o que cursar na faculdade, foram as obras de Austen, juntamente com Dickens e Shakespeare que me fizeram ver o quanto eu amo literatura a ponto de levar isso a sério. E aqui estou rumo ao terceiro semestre de Letras com foco em Literatura Inglesa. Obrigada, Jane.






"Devo ater-me a meu próprio estilo e seguir meu próprio caminho. E apesar de eu poder nunca mais ter sucesso deste modo, estou convencida de que falharia totalmente de qualquer outro."





Lizzie e Jane, Marianne e Elinor, Emma, Catherine, Anne e Fanny. Cada uma e todas essas mulheres que, sob as mãos de Jane, se faziam notar e iam atrás de seus ideais há dois séculos. E não preciso nem começar a falar de Mr Darcy *sighs*, Edward, Thomas, George e os vários cavalheiros britânicos pelos quais nos apaixonamos ao decorrer das páginas. Definitivamente, Jane sempre sabia o que estava fazendo.





Mesmo duzentos anos depois, Jane continua sendo uma das autoras mais lidas no mundo todo e não são poucas as adaptações de suas obras. Hoje vou indicar duas das minhas favoritas para vocês comemorem o Jane Austen Day de vocês ou simplesmente assistirem até enjoar.
 


Orgulho e Preonceito (2005)

É uma das mais famosas adaptações do livro homônimo, com um elenco incrível e cenários lindos.
Eu vou confessar que já não sei mais ler sem imaginar a Keira como Lizzie e o Matthew como Darcy. Um destaque para o elenco das irmãs Bennet que conta com Jena Malone e Rosamund Pike. Como toda adaptação, não tem como contar exatamente igual o que está no livro, mas vocês podem apostar que foi muito bem adaptado.




O Diário de Lizzie Bennet

Ok, aqui está a minha mais nova obsessão. O Diário de Lizzie Bennet é uma web série com formato de vlog e muita comédia que fez uma completa releitura de Orgulho e Preconceito muito moderna e divertida. Estreou em 2012 e teve 100 episódios, sendo encerrada em 2013. Cada episódio tem entre 2 e 5 minutos e é contado por Lizzie Bennet, uma estudante de comunicação de 24 anos, que mora com seus pais, sua irmã mais velha Jane e sua irmã mais nova Lydia. Vou deixar vocês assistirem para descobrirem as semelhanças entre o livro e a série, que aliás originou um livro também chamado Os Diários de Lizzie Bennet (prometo que assim que eu tiver lido, vai ter resenha aqui!). Quem quiser assistir e morrer na fofura, é só ir no canal da Lizzie no youtube (clica aí, gente!), vale super a pena.




Espero que tenham curtido esse post feito com muito carinho nessa data tão especial que é o Jane Austen Day. Que todas encontrem e tenham paciencia para aturar um Darcy na vida e até o próximo post xx

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Novidades Sobre The Selection: The Queen e The Favorite

Essa foi uma semana incrível para nós fãs de A Seleção. Para quem assim como eu estava quase órfão depois de A Escolha, dia 02/12 veio para acalmar os corações. A Rainha nos conta um pouquinho da história da rainha Amberly e do rei Clarkson na última Seleção. Eu já li e trouxe um pouquinho do que achei para vocês aqui.

A Rainha - A Seleção 0.4



Título Original: The Queen
Editora: Seguinte
Páginas: 70
Nota: 5 estrelas
Sinopse: Uma das personagens mais cativantes de A Seleção é a rainha Amberly, mãe do príncipe Maxon. Ao longo da série, descobrimos pouca coisa a seu respeito, e muitas dúvidas permanecem: como uma pessoa tão bondosa e gentil se apaixonou por um homem rígido e impiedoso? Por que Clarkson a escolheu, considerando que ela vinha de uma casta baixa e de uma província pobre? E qual era exatamente seu estado de saúde? Chegou a vez de Amberly contar sua própria história. Em A rainha, disponível em edição digital, acompanhamos a Seleção anterior à de America Singer, quando Amberly foi ao palácio com outras trinta e quatro garotas para disputar o coração do então príncipe Clarkson. O leitor enxergará uma nova faceta do rei através dos olhos apaixonados de Amberly, entenderá melhor o relacionamento dos dois e conhecerá um pouco mais do passado dessa personagem tão encantadora — uma garota simples que provou que uma rainha pode vir de qualquer casta.

Resenha: As Batidas Perdidas do Coração - Bianca Briones



Título: As batidas perdidas do coração
Editora: Verus
Páginas: 406
Gênero: ficção brasileira
Nota: 4.5
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre. As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Resenha: O Amor Não Tem Leis - Camila Moreira



Título dos dois livros: O Amor não tem leis e O Amor não tem leis - O julgamento final
Editora: Suma de Letras
Páginas: 288 e 263
Gênero: Erótico
Nota: 4.0
 
Sinopse Livro I: Alexandre Ferraz é um renomado advogado criminalista apaixonado pelo que faz. Além do sucesso inquestionável na carreira jurídica, também usufrui do impacto devastador que provoca nas mulheres a sua volta. E com a sua nova estagiária Maria Clara não seria diferente. Recém-chegada de uma temporada fora do país, quando acompanhou o então namorado e cantor pop Dereck Mayer em turnê pelo mundo, a estudante de Direito está determinada a cumprir as horas de estágio para finalmente ganhar o diploma, nem que para isso tenha de resistir aos hipnotizantes olhos azuis do dr. Ferraz. Assim como o seu chefe, a jovem leva uma vida descompromissada, curtindo o sexo oposto sem romantismo ou grandes demonstrações de afeto. O amor não tem leis traz a arrebatadora história de um homem e uma mulher que buscam, acima de tudo, o prazer, mas que quando colocados frente a frente terão de aprender a lidar com sentimentos até então desconhecidos para eles. O que esperar desses dois? O amor será capaz de transformá-los?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Resenha: Outlander (A Viajante do Tempo) vol.1 - Diana Gabaldon

Título original: Outlander
Editora: Sáida de Emergência (relançamento)
Páginas: 800
Gênero: Ficção, Fantasia, Romance Histórico
Nota: 5.0
Sinopse: Claire, a protagonista de A Viajante do Tempo é uma mulher de personalidade forte, lutando para se manter num mundo de homens violentos, que busca seu verdadeiro amor enquanto participa de importantes acontecimentos da história. Claire Beauchamp Randall foi separada de seu marido Frank Randall pouco depois da lua-de-mel, quando ele foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, Claire e Frank se reencontram e retomam a vida que tinham em comum numa viagem a Escócia. Mas o reencontro não ocorre de forma esperada. Parece haver entre a esposa e o marido um distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Ao visitar uma antiga e mística formação de rochas, Claire finalmente vai conhecer seu destino.



Tudo começa quando Claire, a nossa protagonista, uma jovem de 27 anos e o seu marido Frank Randall se reencontram depois de uma longa jornada de serviço na Segunda Guerra Mundial. Ela, como enfermeira. Ele, como soldado. Os dois parecem distantes depois de tanto tempo e Frank resolve viajar em uma nova lua-de-mel na intenção de aproximar-se da esposa, reconectando-os. Frank Randall, antes de servir às forças militares da Inglaterra, era um historiador fascinado. Por esse motivo, ele leva Claire até a Escócia e decide pesquisar um pouco sobre a vida dos seus antepassados. Quando ambos chegam ao local estão ocorrendo festividades celtas e Claire, sempre curiosa, decide ir escondida a um ritual nas montanhas de Highlands. Seu marido Frank a acompanha e eles observam uma dança peculiar de várias mulheres vestidas como bruxas em torno de uma cadeia de pedras chamada Craig Na Dun. Eles esperam escondidos até o amanhecer, quando as mulheres vão embora e Claire inspeciona as pedras um pouco fascinada pela crença fiel daquelas pessoas. Quando Frank se afasta em busca do carro para voltarem ao hotel, Claire ergue as duas mãos e, ao encostar em uma das pedras, tem um súbito desmaio.

É aí que a história começa. A nossa protagonista acorda sobressaltada, gritando pelo marido e descendo pelo campo quando ouve sons de tiros. Soldados vermelhos correm com perucas brancas e espingardas ultrapassadas nas mãos e Claire pensa que está na cena de um filme quando avista um soldado idêntico ao seu marido, mas que obviamente não é ele. É “Black Jack” Randall, um antepassado do seu marido Frank Randall, que ataca Claire e tenta violenta-la. Ela é salva por Murtagh, um homem bruto e de sotaque forte. Murtagh a leva para o seu clã de escoceses e Claire ainda pensa que está vivendo um pesadelo e irá acordar a qualquer momento. Mas isso não acontece: Claire finalmente realiza que o que quer que signifique aquelas pedras de Craig Na Dun, elas a transportaram para 1743, uma época de guerras entre Ingleses e Clãs Escoceses. A época pré-revolução Jacobina.

Claire é, então, considerada inimiga pelos escoceses, mas a nossa protagonista sempre forte e determinada decide se aliar a eles para poder sobreviver e quem sabe voltar a Craig Na Dun e ao seu marido Frank. Então Claire conhece Jamie, do clã Mackenzie. Um escocês na essência da palavra, seus cabelos ruivos e sua estatura musculosa deixam Claire um pouco tonta. Além disso, o excesso de doçura com a qual ele a trata não deixa de abalá-la. Ela conta sobre Frank para Jamie, mas decide esconder que é uma Outlander (Viajante do Tempo) e omite alguns fatos: para Jamie, seu marido está morto. Os constantes conflitos e situações históricas obrigam Sassenach (significa Estrangeiro para os escoceses e é um termo pejorativo, mas Jamie chama Claire carinhosamente assim) a dizer não ao seu futuro/passado e viver intensamente o seu passado/presente.

E então se inicia a árdua jornada de Claire para voltar às suas raízes, ao mesmo tempo em que se apaixona pelo tempo e pelas pessoas ao seu redor. Claire começa a se sentir parte escocesa e é forçada a tomar decisões que mudarão sua vida para sempre.

É uma história fantástica, emocionante, corajosa e apaixonante. Eu nunca, jamais, irei superar Jamie Fraser. Ele é o meu ideal romântico de época. E posso afirmar com grande propriedade que Claire é uma das minhas protagonistas favoritas. Ela é tão forte, tão madura, tão incrível que você se sente parte dela. A autora consegue transportar o leitor para outra época, e são tantos sentimentos doces e amargos que experimentamos... Uma miríade de emoções e uma trama muito bem amarrada que não deixa passar nenhuma informação

"Eu posso suportar a dor. Mas não poderia suportar você com dor. Isso exigiria mais força do que eu tenho." – Jamie Mackenzie Fraser

O momento que você se apaixona de vez pelo Jamie:
"Você é sangue do meu sangue, e carne da minha carne. Eu lhe dou o meu corpo e nós dois deveremos ser um. Eu lhe dou o meu espírito, até que a nossa vida acabe."

Eu recomendo Outlander para qualquer pessoa que não tenha medo de mergulhar no tempo e nas milhares de páginas. Ao todo a série possui sete livros publicados e a autora, Diana, ainda pretende escrever mais. São livros enormes, mas que valem a pena cada sílaba.

O livro (a série de livros) é tão aplaudido pelo público leitor que virou uma série de televisão britânica/americana, atualmente em sua primeira temporada, criada por Ronald D. Moore da Emissora Starz. Eu assisti e confesso: nunca vi uma série tão fiel ao livro. O ator que faz o Jamie é perfeito, a Claire também. Exatamente como imaginei ao ler.


O que você está esperando para voltar no tempo?


domingo, 7 de dezembro de 2014

Resenha: Claros sinais de loucura - Karen Harrington

Título Original: Sure Signs of Crazy
Editora: Intrínseca
Páginas: 254
Gênero: Young Adult
Nota: 4.2/5
Sinopse: Você nunca conheceu ninguém como Sarah Nelson. Enquanto a maioria dos amigos adora Harry Potter, ela passa o tempo escrevendo cartas para Atticus Finch, o advogado de O sol é para todos. Coleciona palavras-problema em um diário, tem uma planta como melhor amiga e vive tentando achar em si mesma sinais de que está ficando louca. Não é à toa: a mãe tentou afogá-la e ao irmão quando eles tinham apenas dois anos, e desde então mora em uma instituição psiquiátrica. O pai tornou-se alcoólatra. Prestes a completar doze anos, Sarah sente falta de um pai mais presente e das experiências que não viveu com a mãe, está preocupada com a árvore genealógica que fará na escola e ansiosa porque seu primeiro beijo de língua ainda não aconteceu. Tragédia e humor combinam- se de forma magistral nesta incrível história sobre a aventura que é crescer.

"É engraçado como eu não sabia que era um monte de peças soltas até que alguém me abraçou forte." -

Sarah Nelson.

Com uma narrativa doce e inteligente,  "Claros sinais de loucura" roubou meu coração quando foi apresentado na turnê da intrínseca (obrigada,  inclusive). Sarah Nelson acabou de completar 12 anos e já viveu coisas que muita gente de 20, não. Sua mãe tentou afogá-la, e ao seu irmão quando ambos tinham apenas dois anos.
Sua mãe agora vive em uma clínica psiquiátrica, e seu pai é apenas um fantasma do que um dia foi. Escrevendo cartas para Harry Potter e Atticus Finch — o que me lembrou Cartas de Amor aos Mortos (em breve resenha), de uma maneira mais reservada  e colecionando palavras-problema, que são palavras que não pode utilizar pois a traria problemas com seu pai,  segue tentando entender os motivos que a levaram a tudo isso.
O que mais me encantou, além da protagonista foi o fato de sua melhor amiga ser uma planta, e da Sarah com tão pouca idade ser tão madura, mesmo que a causa não tenha sido nada saudável, na maior parte do livro eu quis sacudir o pai dela, meu Deus, homem! Ela precisa de você!  Com personagens cativantes e enredo encantador,  Karen Harrington conseguiu tornar este livro um dos melhores que li em 2014.